Crônicas
Voltando Cachoeiro antigo
2022-08-22 12:08:45

Wilson Márcio Depes

Tenho lido, nos jornais e nas redes sociais, algum desconforto porque não houve tempo de inserir o nome do professor Manoel Gonçalves Maciel nas homenagens que a Academia Cachoeirense de Letras prestou aos professores Athayr Cagnin e Wilson Lopes de Rezende. Nada que não possa ser superado com outras homenagens em datas oportunas, exatamente porque o professor Maciel sempre foi uma ser humano exemplar que muitíssimo contribuiu para história de nossa cidade. Principalmente com o seu “Voltando ao Cachoeiro Antigo”, livro no qual fazia registros e comentários sobre nossa história. Registros como este: “Desde que foi criada, a Câmara Municipal de Cachoeiro somente deixou de funcionar durante dois períodos: de 1929 a 1935 e de 1937 a 1947. Nessas épocas, governos arbitrários fecharam o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas e as Câmaras de Vereadores de todo o Brasil. Impedir o funcionamento do Poder Legislativo é sempre a primeira medida tomada por governos ilegítimos que assaltam repentinamente o poder. Os ditadores têm certeza de que, paralisando a atuação do Poder Legislativo, cessa a representatividade do povo. Assim, eles se sentem à vontade para implementar todo tipo de ação opressora, como a censura à imprensa e a realização de projetos de governo que ofendem os cidadãos brasileiros, beneficiando porções minoritárias da população”. Fui amigo do velho professor, que conheci na chefia dos Correios e Telégrafos (se não me engano), numa busca incessante para armazenar os fatos que mereciam registros e que fazem parte de nossa história. Aliás, registro seu nome em um dos meus livros, pois me ofereceu subsídios sobre seu Eduardo, “Olha-o-Delicioso”, que muito me ajudaram. Era uma pessoa doce, íntegra e sobretudo incapaz de vaidades que não fossem para o bem de nossa cidade. Claro que a Academia, oportunamente, lhe fará homenagem especial e justa, pois conheço Marilene, nossa presidente, que é incapaz de equívocos nesse sentido. Muito pelo contrário. Dinâmica e justa. Já deve estar pensando numa homenagem adequada ao professor Maciel, símbolo de nossas virtudes preservadas. Numa homenagem dessa seremos todos reverenciados.

Crônica Revista Leia - Publicada em 24/11/2018.

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