Mais que louvável a iniciativa do grupo “Mova-se” em busca de melhorar a qualidade de vida dos pedestres em Cachoeiro. Não só de pedestres, mas também daqueles que possuem qualquer deficiência física. O problema é antigo e cada dia aumenta mais. Quando era Secretário de Planejamento na Prefeitura produzimos um projeto simples, muito simples, que denominei “Projeto calçada”. Nós mesmos construiríamos e recuperávamos as calçadas e depois lançaríamos na cobrança de IPTU. Quase me mataram! Exatamente porque quase todas as calçadas estavam irregulares e beneficiam os proprietários em detrimento dos pedestres. Noventa por cento das calçadas hoje, na cidade – quando existem –, ou estão irregulares ou defeituosas. Pior que não exagero. A melhor calçada – e conheço quase todas – é a de frente ao Liceu. À noite, porém, você tem uma iluminação péssima. Corre-se riscos de assaltos. Certa feita, quando por ali caminhava logo após o acidente que sofri, cheguei a não reconhecer o magistrado Dr. Bernardo Fajardo Lima. O hoje magistrado, como toda sua família, é conhecido de longa data. Qual não foi minha vergonha. O cachoeirense, se continuar assim, está fadado a não praticar a caminhada receitada – mas não cumprida – por todos os médicos. E ficar em casa assistindo à televisão, que pode ser até Netflix. Se o leitor permitir vou mudar de assunto. Falo da concorrência do gás natural. Há muitas distorções no gás natural provocadas pela falta de concorrência. E uma regulação falha. O passo dado esta semana é importante e vai na direção certa, só não é uma solução – claro – milagrosa imediata. Ninguém no mercado acredita em queda brusca nos preços do gás. O tal choque de energia barata é mais um produto do marketing governamental. Confira o que estou dizendo. Bom final de semana.