Crônicas
De volta a meu aconchego
2022-08-22 16:13:08

Wilson Márcio Depes

Passou rápido. Acordei de um sono necessário e repousante. Aconteceu o Natal, o Ano Novo, e estamos aqui de volta ao nosso aconchego. Ligo, assustado, para o nosso chefe Jackson Júnior: “a crônica é para hoje”, disse ele. Confesso que me desliguei um pouco, embora com o advento do whatsapp, as pessoas nos alcançam com facilidade. Aliás, convenhamos, ninguém se ausenta totalmente com a notícia de uma guerra mundial que já começou. Aliás, guerra mundial, não, guerra da insensatez, da estupidez humana. Bem, deixemos de lado este tema para que o meu regresso não seja tão melancólico. Na passagem do ano, como dizia minha mãe, recebi mensagens de amigos que, afinal, num mundo desses, confirmam a certeza de que ainda vamos dar um jeito nele, mundo insano. Voltaire, o qual li muito, arrebatado com os episódios da Revolução Francesa, assegurava que amizade é um contrato tácito entre duas pessoas sensíveis e virtuosas. Bem, essa variação de temas demonstra, afinal, que a escrita é uma coisa diária, quase como a necessidade da prática de exercícios físicos. A falta de “preparação física”, deixa o leitor em dúvida aonde o autor pretende chegar, nesse ziguezague infinito. Com um ponta de decepção não faz mal a ninguém, quero dizer, por fim, que estou perplexo com o jogo subalterno da Anell. Explico. A agência propõe subsídio menor para quem gera a própria energia, no modelo de geração distribuída. Nele, o consumidor passa a produzir a energia em casa ou no trabalho. Ela pode ser consumida imediatamente ou distribuída, que funciona como bateria. Com a mudança, o consumidor passaria a pagar pelo uso da rede e pelos encargos na conta de luz. A cobrança seria feita em cima da energia que receber de volta da distribuidora, não sobre o que é consumido imediatamente. Em síntese, como esclarece Elio Gaspari, o que se pretende é tungar os consumidores de energia solar. Mas a coisa vai mais além: quer tungar a disseminação de uma energia limpa. O que é um golpe em plena luz do sol. Ora, meu leitor amigo, é possível descansar com um barulho desse?

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