Crônicas
O que o eleitor quer…
2022-08-24 17:26:59

Desde terça-feira (16) os candidatos à próxima eleição de 2 de outubro, cumprindo o calendário eleitoral, iniciaram a campanha nas redes sociais e outros, ficando a da TV para o próximo dia 26. Claro que ainda predomina – como dizia o velho Gerson Camata – “gastar sola de sapato”. O eleitor gosta das redes sociais, mas o olho no olho não pode ser dispensado. Como o psiquiatra ou psicanalista. Já assisti a algumas postagens; umas de bom gosto, outras não convencem. Além de não convencerem, irritam; nessa sequência o candidato acaba por perder o voto. Por tédio do eleitor. Mas creio que o candidato (ou o seu técnico) não pode considerar o eleitor um imbecil. Não é. Tem o apaixonado, que chega ao extremo de ampliar, por exemplo, o “grupo antivacina”, que, absurdamente, cresceu no país, segundo o Instituto Butantan. Mas esse o voto dele é imutável e certo. Não perca tempo com ele.
Mas tem muito eleitor em busca de vozes que atinjam a sua emoção, sua realidade e o seu anseio. Ou seu interesse pessoal. O candidato sabe. E precisa passar isso para seu marqueteiro, para quem fica o dia inteiro fechado num estúdio, com suas fórmulas mágicas. Exemplo. O discurso ter que ir além. Com o assim? Pronto, conquistamos o voto para mulheres e agora temos participação e representação iguais na política, certo? Não. Apesar das determinações legislativas e de representar mais de metade da população eleitora brasileira, as mulheres ainda não possuem representação proporcional na política. Um papo bom na rede? Claro. Mas é importante como vai ser.
O candidato escolhe um tema para sua campanha. Digamos: Saúde e Educação. Temas importantíssimos. Mas precisa mostrar ao eleitor como ele vai conseguir isso? O que é um orçamento, de onde vem a verba, a dotação orçamentária, o que orçamento secreto. A economia. É o básico. O eleitor é mais exigente. E precisa ter confiança no candidato. Caso contrário, fica aquela estória: é sempre a mesma coisa. Não é necessário apresentar a todo momento a família estruturada, o belo carro, a bela mansão, isso é tão fugaz e desimportante que desparecerá no vento. É preciso mostrar que tem competência, como vai fazer se eleito penetrar na alma e no coração do eleitor, já cansado desses temas. Caso contrário, é sair por aí distribuindo dinheiro… Aliás, como sói acontecer.

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