Crônicas
Braz é bom
2023-06-28 16:54:55

Os queridos leitores sempre me perguntam a razão pela qual tratei da sucessão municipal tão distante do pleito.  Respondo: acho que tinha razão em fazê-lo. É só olhar o que se passa no país. Sendo condenado ou não pelo TSE, Bolsonaro traçou como estratégia visitar os municípios com mais de 200 mil habitantes para fazer campanha dos candidatos seus aliados. Para não morrer eleitoralmente.  Claro que começará logo após o julgamento. E mais: já admite, no caso de condenação, que sua mulher, Michelle, seja sua sucessora enquanto tiver legalmente longe da política. É bom acrescentar: olhe o que aconteceu com Putin...

   Em sendo assim, há estratégia para todos os gostos. Só que, como prometeu Bolsonaro, vai abrandar o seu discurso. Pergunta-se: o que estará preparando o vereador Juninho para receber esse reforço? Os temas serão mais regionais, ideológicos ou percorrerão o caminho da vitimização do ex-presidente? Ou ainda de oposição ao prefeito Victor?

   Se bem que o candidato mais esfuziante, em busca dos meios de comunicação e mídia digital, é o deputado Dr. Bruno, que trouxe a estratégia do ex-deputado Dr. Hércules. Está sempre pousando com sua mulher, a ponto de se especular que ela também ingressará na política. O que, em princípio, não acredito. Contrário a essa estratégia, é o deputado Ferraço. Que ainda não se conformou com a derrota de Norma. Prefere ficar em silêncio sobre a disputa para a prefeitura de Cachoeiro. Mas promete que breve conversará sobre política. Não quer se queimar, como fê-lo apoiando a candidatura Diego Libardi.  

   A festa de Cachoeiro é um prato para os políticos. O deputado Alan Ferreira é visto em todos os cantos. Faz o gênero bom moço, mas de bobo nada tem. Candidato que vai roendo pelas beiradas e não gosta de conflitos. Fatalmente estará de cabeça na disputa para a Prefeitura.

   Tenho falado pouco do PT. Isso porque as manifestações têm sido muito discretas. O ex-prefeito Casteglione se considera um candidato natural por ter exercido o mandato por duas vezes. Mas é pouco. Acredito que esteja esperando os resultados positivos da administração de Lula para uma manifestação maior.

   Mas, em verdade, quem aprendeu a fazer política nesses dois anos de mandato foi o prefeito Victor. Não se pronuncia por nada, a não ser para fazer discurso nas muitas obras que inaugura quase que diariamente.  A antena, no entanto, está agudíssima. Só escolherá seu sucessor depois se avaliar essas conversas, com contato com o governador Renato Casagrande. Levará o nome de sua confiança e aquele que tiver mais chances.

   Mas quem tem acesso ao seu caderno de anotações, diz que ele não perde nada. Sabe o nome de todo mundo e os trata como amigos.  É diferente do Victor de outros tempos, deixou a sisudez de lado e conversa sobre qualquer tema na administração pública. Mas fará o seu sucessor para permanecer na história política?  Nomes não lhe faltam.

   Por falar em candidatos, acabo de ler, no livro que Marilene acaba de lançar – “Abraçando a vida”, que tive a honra de prefaciar, uma crônica emocionante sobre o presidente da Câmara, Braz Zagoto, cujo o título “é Braz é bom”.  Temos aí mais um candidato; candidato este que nunca deixou sê-lo.  Braz já sai com um slogan perfeito e diz que não abrirá mão. Quer ser prefeito. Gostou de sentar na cadeira quando Victor se ausentou. Segue a Festa.

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