Não é justo, digo sem qualquer partidarismo, que Lula deixe de comemorar a repatriação dos brasileiros. Não é possível que o ser humano possa acreditar que se trata de demagogia. Ou que tenha tanto ódio do presidente.  Tudo tem um limite na vida. Essa disputa entre o suposto bem e o mal é próprio de regimes fascistas.  Qual o problema em reconhecer que o   presidente obteve êxito nas negociações – negociações bravas!!! –  para repatriar brasileiros? Chegou ao ponto de, mesmo com essa soleira toda, o vizinho, bem cedo, vem dizer pra mim: “Viu, foi só o Bolsonaro intervir e os brasileiros já chegaram! ”.

Fico imaginando o que vai acontecer na eleição municipal altamente polarizada.  O que, convenhamos, não será bom. Ora, vamos pensar aqui comigo, por que não discutir as propostas dos candidatos?  Ensinava Jaime Lerner, um dos maiores urbanistas do mundo, que em um espaço urbano acumulam-se várias atividades: os habitantes moram, trabalha, estudam, compram bens e serviços, praticam esportes, circulam. Cachoeiro é uma cidade atípica sob esse ponto de vista.

Acontece, porém, que o solo urbano é um bem limitado e, portanto, seu uso e ocupação devem ser bem planejados para não haver deterioração da qualidade de vida. Aliás, as cidades brasileiras crescem a taxas bastante altas.  Isso significa que todo o ano são necessários, por evidente, novos domicílios, empregos, vagas em escolas, leitos em hospitais, áreas verdes, praças, bosques e parques, e que os fluxos de circulação se tornam cada vez mais densos; aumentam, de modo geral, as despesas de manutenção e é necessária a inversão em novos investimentos.

As obras caríssimas que os prefeitos têm investido são resultado da falta planejamento, lá atrás, da ocupação do solo urbano. Jaime Lerner dizia que Cachoeiro é um desafio. E é. Corre-se muito atrás das correções desses erros. Vide a obra de macrodrenagem do bairro Nova Brasília.

Não precisamos discutir pessoas, mas ideias. O futuro e a história são incensuráveis. A grandeza do homem é mais importante do que essa disputa pessoal e insana, porque a felicidade do homem é a obra-prima do estado.