Crônicas
Permitam a vaidade ...
2022-08-22 05:54:41

Por Wilson Márcio Depes

Não é a vaidade o pior dos pecados. Diz Zuenir Ventura que é a inveja. Vou usar desse pretexto a fim de contar uma história muito importante para minha vida. Antes do feriado recebi uma notícia do advogado Sérgio Bermudes, que considero o mais brilhante do país, informando que meu nome passaria a denominar uma das salas de seu escritório, no Rio. Explico. Sérgio possui escritórios em Brasília, no Rio, em São Paulo e Belo Horizonte. Em cada um deles, atribui o nome das salas a algum amigo que ele admira ou mesmo um jurista que repute importante. No meu caso, claro, foi só por amizade e afeto. Agora, eu pergunto: dá para não ficar vaidoso? Desculpem mas não resisti. Precisava de um resposta. Como fazê-lo no meio de tanta emoção. Afinal, lhe respondi: Sérgio, querido, a rigor, só Deus saberá o abalo que senti ao tomar conhecimento que o afeto que você tributa a este seu conterrâneo, amigo e irmão, pobre marquês..., estará gravado, para sempre, nas paredes de seu escritório. Penso: e as palavras, eu que vivo delas, onde estão? Onde estão as palavras para contar para você e para mim mesmo a emoção que senti e sentirei sempre.E mais. Como tomar consciência lúcida deste estado? Aqui cabe-me concordar com Kant: a finalidade sem fim do belo. Acredito, por fim, que os sentimentos mais profundos significam sempre mais do que têm a consciência do dizer. Passeiam consigo no seu esplêndido universo. Já tenho um motivo para escrever minhas modestas memórias. Com profundo carinho digo obrigado.

Peço que me desculpem a falta de pudor. Mas se trata da extroversão de uma alegria incontida. Desta feita o jornalista foi notícia. Pior. Por culpa dele mesmo.

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