Wilson Márcio Depes
A primeira ideia que tive, hoje, foi colocar, no fim da coluna, uma mulher dizendo o que espera dos candidatos na próxima eleição. Mas logo pensei que teria que conversar com a paginação da revista, aquela coisa de quem vai protelando o que pretende fazer. Não, pensei, faço na próxima crônica. Aí me lembrei de uma charge, na antiga revista O Cruzeiro. Eu era muito jovem mas que me marcou muito. O chargista, se não me engano Péricles, fazia também “O amigo da Onça”, apresentava uma ou duas pessoas dizendo o que pretendia fazer no outro dia. Assim: “Amanhã vou acordar bem cedo, lavar o carro, fazer exercício na academia, vou ao supermercado, depois compro uma camisa que estou precisando, enfim, coloco tudo que está pendente em dia”. Bem, no outro dia, o cara não fazia nada disso. Do trabalho, exausto, ia direto pra casa”. Por isso, era um dos “heróis da noite”. Mas não é o meu caso. No final da coluna foi apresentar uma opinião feminina sobre o candidato ideal que vai escolher para votar nas próximas eleições. Isto porque são 77,3 milhões que têm o poder decisivo nas urnas, com maioria de 52,5%. Portanto, é essencial prestar atenção ao que pensam e o que dizem sobre as eleições e sobre seus candidatos. Mesmo que não fosse dados de pesquisa – e é – a gente já sabe que 71% dizem céticas, mais indecisas, mais pessimistas e mais propensas a anular ou votar em branco do que os homens. Por isso, estou muito curioso em saber o que as mulheres querem, já que a causa desse pessimismo todo foi a Operação Lava Jato (corrupção é o principal motivo para ausência, voto nulo ou branco). Bem isso, é o bastante para o meu primeiro teste.
“vou anular o voto para presidência, já que não há nem um candidato que me represente”.
Carolina Gonçalves Santos – advogada
Crônica Revista Leia - Publicada em 18/08/2018