Dizer que todo mundo está preocupado com o novo governo é assunto óbvio. Uma crônica não pode ser feita de assuntos óbvios, mas, a bem da verdade, é uma inquietação que atinge todos os brasileiros. Estamos vivendo de polêmicas em todos os sentidos. O governo não pode e não deve transmitir ansiedades, mas soluções, para isso é que votamos nos candidatos. Bem, mas esse assunto é motivo para grandes reflexões e, também, crítica e autocrítica. Mas não posso fugir de uma situação que pode ser – mas não é - bobagem: David Gergen, o chefe da Casa Civil de Bill Clinton, contava que as coisas melhoraram – e melhoram muito – quando a gente passa a dormir direito, sem pesadelo. Temos dormido em pesadelo permanente. Mudo de tema. Vem me preocupando muito a pesquisa que aponta que os adolescentes estão consumindo álcool cada vez mais cedo. A reportagem de Aline Nunes, no jornal A Gazeta, indica que a idade média de experimentação é de 12,5 anos e, nesse quesito, as meninas aparecem à frente dos garotos. Esse dado é revelado pela Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, de 2015, que foi incluída no estudo sobre consumo de álcool entre os brasileiros, divulgado nesta semana. As meninas estão bebendo no mesmo padrão que os meninos, e até um pouco mais. Os médicos, de uma maneira geral, dizem que as mulheres têm menos enzimas no fígado para metabolizar o álcool, ficando alcoolizadas mais rápido, sem contar outras consequências do uso abusivo. Dizem mais, que, independentemente do sexo, o consumo de bebida alcóolica na adolescência é prejudicial para ambos, uma vez que o sistema nervoso ainda está em desenvolvimento e há comprometimento em diversas áreas. Isso sem falar que quanto mais cedo se começa a beber, maior o risco de dependência no futuro. De uma maneira geral ninguém é contra quem bebe, mas que há consumo moderado e apenas para determinada parcela da população. Desculpe o mau humor, mas prometo que dormirei melhor na semana que vem.