Dia desses, postei, no Face, uma foto do rio Itapemirim, com um comentário, despretensioso, sobre o trabalho jornalístico que a TV Gazeta Sul vem fazendo, com uma espécie de inspeção ao longo suas cabeceiras. Quando chefiei a sucursal de A Gazeta, em Cachoeiro, fiz, com o companheiro Aristides, uma longa entrevista com Dr. João Madureira, que, àquela época, já previa que “O Rio Itapemirim era um repositório de todas as nossas tragédias”. A matéria recebeu uma página, no jornal, na edição de domingo. Não que Dr. João fosse um experto no assunto, hoje temos técnicos altamente especializados, mas, com bom senso, já antevia todas essas insanidades que os técnicos e jornalistas vêm recolhendo na profícua viagem. “Servirá para alguma coisa o trabalho?” Pergunta um leitor cético. A pergunta, antes de ser grosseira, eu compreendo..., é uma certo desencanto com o tratamento dedicado ao meio ambiente. Aliás, desencanto demonstrado até mesmo pelo atual presidente da República. Que parece ter um horror aos técnicos dessa área. Dias desses desacatou um brasileiro, por sinal uma autoridade mundialmente famosa, com impropriedades de nível desprezível. O que o capitão entende de meio ambiente para ser tão arrogante e tão estúpido? Mas, voltemos para o tema Rio Itapemirim. Uma ponta de saudade, com a qual ilustrei a foto, teve uma repercussão que demonstra o quanto de amor o cachoeirense devota ao seu Rio. Disse: Meu amigo Itapemirim, parceiro de solidão, aonde quer que tu me leves te levo no meu coração. Motivo de tantas crônicas, tantas poesias, chama de um Cachoeiro eterno, merecia, pelo menos, o carinho maior de nossas autoridades, seja ela em que nível for. Bem, relutei em falar. Logo depois da pequena foto, que ilustrei o Face, vejo passar uma dezena de sacos plásticos de lixo, lentamente, levados pela placidez de suas águas. Em plena luz do dia. Mesmo assim, quero te dizer, Itapemirim, aonde quer que tu me leves, te levo em meu coração.