História mais bonita
2022-08-22 16:07:38
Wilson Márcio Depes
Ontem fui ao Jaraguá assistir a mais uma vitória da Revista Leia. Um espetáculo de gala porque comemorou a vitória de um jovem e promissor empresário que conseguiu, com seu senso de realidade, nem mais nem menos, na justa medida, combinar empreendedorismo e jornalismo ao mesmo tempo, coisa quase impossível. Tanto que o departamento comercial de um órgão de imprensa funciona numa sala e o jornalismo em outra. Independentes. Tudo isso para não conspurcar a qualidade da notícia. Só que as pessoas que foram comemorar os 10 anos da revista – e o clube estava lotado – estavam lá para confirmar essa realidade. A revista goza, induvidosamente, do prestígio de seus leitores e de seus anunciantes. Me cabe a pergunta: - Não é essa a função da imprensa? Num mundo no qual vivemos, a revista ganhou um importante certificado de garantia de sua credibilidade. E que precisa preservar, cada dia mais oferecendo aos seu leitores as notícias que eles precisam obter para conduzir suas vidas. Tarefa fácil? Não. Dificílima. Principalmente tendo em vista nosso mundo eletrônico. Ontem mesmo a rede Globo resolveu suspender a publicação de sua revista Época. Pergunto eu: por que a revista Leia percorre o caminho contrário? Veio para ficar e, ao invés de fechar suas páginas, comemora seus 10 anos de existência com o maior sucesso.
Escrevo na revista desde o seu primeiro número e conheci o Jackson Júnior ainda menino. Sua trajetória foi rápida e firme, sobretudo pelo seu talento, sua imaginação e uma noção realística do mercado. Marilene me perguntou quanto tempo vamos escrever na revista. Não tive dúvidas em responder que até os 100 anos, se depender do tempo de existência da publicação. Faço um giro em minha cabeça e me lembro do menino que é, hoje, o empresário. Lembrei que quarta-feira, um dia após a publicação, foi comemorado o dia dos 60 anos da proclamação do Dia Internacional Dos Direitos da Criança e os 30 da Convenção sobre os Direitos da Criança. Espero que essa sublime coincidência possa inspirar o Jackson Junior a continuar mantendo esse elo de amizade como a comunidade cachoeirense, e por isso, sustentar a nossa história sempre jovem e pujante. Ou, como diz o poeta Drummond, “E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé”. Viva a Leia!