Acho que os primeiros descompassados entre os ministros e assessores do governo Lula não passam de um exercício salutar de democracia. Coisa que não estávamos acostumados nesses quatro anos bolsonaristas. Dizia um velho professor que o uso do cachimbo deixa a boca torta. Coisa antiga, mas que ainda possui – digamos – suas contribuições para não se viver sem hábitos facistóides. Bolsonaro não conseguiu. O povo brasileiro vai aprender, de novo, o que é democracia plena. Seja em casa, no bar, nas rodas de amigos. Uma certa igualdadezinha não faz mal a ninguém…, dizia o velho Potroco. Bem, o que vejo, até agora, é que as ambições e vaidade dos assessores só podem trazer benefício para o país. Cada um querendo fazer o melhor.
O velho Armando dizia que nós só não temos qualquer vantagem em ser pessimista. Em verdade não levo qualquer benefício em passar esses poucos dias de férias pensando negativamente. Se bem que a vaidade é o pior pecado sob face da terra… Conto.
A solidariedade dos moradores de Curitiba nasceu das cinzas do ódio. O fogo acendeu a solidariedade para as professoras Juliana e Loide. O apartamento das dirigentes do Sindicato Municipal dos Servidores de Curitiba foi incendiado, quando as amigas voltavam de Brasília, onde acompanharam a posse do novo presidente. Mas uma vaquinha permitiu que se comprasse novos móveis e se alugasse uma outra casa.
O que se sabe é que houve um incêndio criminoso e a motivação é puramente política. Esse Brasil que ainda estamos vivendo é fruto do ódio advindo das lutas políticas. Precisamos pacificar esse ódio para que tudo possa dar certo em benefício principalmente dos mais pobres, que, aliás, não podem sequer gozar de férias, como eu. Mesmo que seja somente por uns dias. Não estou cansado, mas tenho tempo de lutar por um país melhor. Juro. Antes, porém, aconselho: leiam o livro “A vida futura”, Sérgio Rodrigues, dia Cia. Das Letras.