Crônicas
Relembranças doídas...
2023-02-28 17:37:09

    Por vezes fico pensando: acho que já chegou a hora de escrever minhas memórias. Tantos gols, tantas bolas jogadas pela linha de mundo, algumas matadas no peito... Só quem acredita nisso: Batata, Lominha e Maizé. Dequinha, também... Seu Zezinho, coitado, já escrevi o prefácio de seu livro.  Se não, é divertido e emocionante lembrar de fatos e coisas que marcaram – e ainda marcam – nossas vidas. Tenho perdido o sono relembrando, ao som das ondas do bar, dos melhores acontecimentos.   Mas, falemos de Carnaval, por imposição da pauta. Primeiro, peço desculpas porque nunca fui ao da casa e Marilene-Ronaldo - uma espécie de síntese do Iate Clube de Marataízes.  Ouvi muito, ao longo dos anos, a pergunta: “Cachoeiro já teve Carnaval?”.  Ora, meu caro,  Carnaval é uma das festas populares mais conhecidas no mundo ocidental e, sem dúvida, a maior festividade do Brasil. Sua origem remonta à Idade Média e tem associação direta com o cristianismo. O Carnaval chegou ao Brasil, durante o período colonial, caracterizado por diversas brincadeiras.  Como se viu nos desfiles, um filme extraordinário com uma série de ritmos e danças passaram a fazer parte do Carnaval brasileiro.

   Atualmente, ritmos como o samba, o maracatu e o frevo são seus símbolos. O Carnaval transformou-se na principal festa popular brasileira a partir da década de 1930 e, atualmente, conta com os blocos de rua que acontecem pelo país afora,  assim como os desfiles das escolas de samba.     O prefeito Victor Coelho tem toda razão em incentivar o carnaval em Cachoeiro. Além de prestigiar as pessoas que não têm como se deslocar para as praias, para fugir do calor, há uma cultura a ser preservada. Aliás, cultura muito rica. Tio Assadinho e Mimica, impreterivelmente, todos os anos saíam para as ruas, as três noites, com uma crítica social qualquer. Era tradição. Mimica, com um metro e meio de altura, enquanto Assadinho, com quase dois metros... Quando Assadinho foi embora de Cachoeiro para Duque de Caxias, desfeita a dupla, criou-se um vácuo e uma saudade. E nossa cultura ficou mais pobre.  Há alguma dupla que poderia substitui-los? Fico me perguntando. Mas, coitado de mim, de ti, de nós. O ano já vai começar. Abrir as portas do escritório, consultar todos os processos, nunca deixar de escrever as crônicas... Se bem que este ano foi atípico, Graças a Deus. Teve posse do novo presidente da República. Não houve golpe. Aliás, vamos refazer tudo de errado que ficou ...  Saravá.

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