O deputado federal Evair de Melo, do PL, o político do estado com mais preparo físico e que mais se movimenta, joga todas as suas fichas no fracasso do governo de Lula, já que não tem como fazê-lo em relação a Renato Casagrande. E, por óbvio, nunca abandonou as diretrizes de Bolsonaro, a quem chama de irmão, com a intimidade que uma amizade permite. Pretende, desse modo, estreitar mais ainda as suas relações políticas com a direita em todo o estado, por uma razão especial: quer ser o futuro governador.
É o primeiro adversário que Ricardo Ferraço já vislumbrou no seu caminho inicial. Claro que Casagrande já divisou isso lá atrás. Mas Evair não para. Corre todos os cantos do estado e transformou a mídia eletrônica num noticiário diário. Não perde uma chance de meter o dedo lá na tela inicial.
Claro que, de posse de quase quatro mil votos na última eleição de Cachoeiro, ele pretende estreitar ainda mais seus laços com o vereador Júnior Corrêa, que aspira à Prefeitura movido pelo mesmo ideal. Os políticos, de uma maneira unânime, consideram a próxima eleição para prefeito uma espécie de definição do futuro eleitoral de Lula e de Bolsonaro. Ambos com vários problemas para resolver, seja no âmbito da Justiça Eleitoral ou sucesso da administração junto ao eleitorado. Bolsonaro precisa preservar seus direitos eleitorais e Lula, o de seu governo.
Mesmo antecipadamente, o spoiler da eleição vem se desenhando a partir de certas obviedades. Ferraço, por exemplo, anuncia que não vai demorar para se manifestar, embora o que se acredita mesmo é que ele vai assistir ao treinos durante um bom tempo. Aliás, como uma velha raposa. Precisa se recuperar do erro que cometeu quando jogou todas fichas na candidatura de Diego Libardi para prefeito. Acabou não conseguindo eleger Norma. Agora, Diego anuncia, também, que será candidato novamente. A esse respeito, nosso diretor Wagner Santos, pensa que ele cometeu um erro ao se transferir para a Prefeitura de Vitória. Teria perdido protagonismo, abafando seu nome e eventual prestígio eleitoral.
Uma situação curiosa me chama a atenção. É a conjuntura do Coronel Guedes, vice-prefeito de Victor, e que, num certo tempo, era a bola da vez para sucedê-lo. Até mesmo o prefeito, certa vez, me confidenciou: "só não será candidato se não quiser". Aliás, é uma político muito competente e querido na comunidade. Mas nunca se pronunciou a respeito. Por sabedoria, timidez ou porque não ambiciona mesmo.
O médico, que herdou de Hércules Silveira, o Dr., Bruno Rezende, é outro que está na mídia diariamente. Corre nos bastidores que ele teria a simpatia do governador Casagrande. Aí, sim, quero crer, o hospital do Câncer ganharia bastante fôlego. Mas, no caso, pesaria a opinião do vice-governador, Ricardo Ferraço, cachoeirense e filho do deputado Ferração. Tudo está sendo construído em cima de hipóteses. Hipóteses que se constroem em cima de fatos concretos.