Em tempo de precipício, fiquei afastado duas semanas deste espaço. Por que digo isso? Isto porque não pode haver espaço para relativizar a barbárie do terrorismo islâmico. Ponto. De São Paulo acompanhei a sucessão municipal daqui nos seus mais diversos matizes, sobretudo pelo jornalismo correto e decente do meu amigo Wagner dos Santos. Aliás, diz ele que a incapacidade de liderança politicas não permitiram o crescimento de outras dentro de seus grupos acaba por forçar uma renovação em Cachoeiro. Seja quem for o próximo prefeito, ou prefeita deverá ser alguém de pouca ou nenhuma experiência em cargos eletivos.
Se interpreto bem, ele quis dizer, com isso, objetivamente, que estão no páreo Lorena Vasques ou Márcia Bezerra, do lado do prefeito; o deputado Bruno Rezende, médico radiologista; Júnior Corrêa, o jovem vereador bolsonarista, ou o deputado Alan Ferreira, que é uma mistura ideológica de centro e direita. Digo esses nomes, por interpretação, porque possuem respaldo para suportar uma campanha para o executivo. Mesmo que seja uma busca de renovação, não cabe, aqui, e acho que ele quis dizer isso, um freelancer. Um jovem bradando uma nova, em pleno deserto de desacertos sem apoio, por exemplo, da máquina governamental.
Trocando em miúdos, claro que - lá em São Paulo pude avaliar propaganda digital de cada pré-candidato - conto com Lorena disparando na frente de cada um, mostrando obras em todos os cantos da cidade, ao lado do prefeito Victor Coelho. Embora com mais de um ano de antecedência, o prefeito soube compreender não só protagonismo das mulheres, mas, sobretudo, o poder de chegada de Lorena. E isso, queira ou não queira, é uma verdade sociológica. Mesmo que haja uma centena de críticas, até mesmo sobre seu novo visual.
A ansiedade e inquietude dela, Lorena, a rigor, inerente a seu ser, sabem se transformar em dinamismo, e carisma. Muito rápido. Daqui a pouco estará conhecida na cidade como um trem bala, que significa que a vida passa tão rápido que nem percebemos.
O contrário, por exemplo, acontece com os deputados Alan e Bruno, com discursos contendo, dentro do possível, promessas simpáticas, sorrisos largos, família reunida. Nada de mais. Oco e vazio. Nada que se compare com o dinamismo de Lorena. Isso, peço que creiam em mim, de longe, apreciei, com completa isenção. Nem Bruno nem Alan são oradores populares ou consistentes para aplacar a volúpia de obras correndo pelas telas dos computadores. São discursos com promessas e muito mimimi. Não possuem a fala carismática de Hélio Carlos Manhães, que empolgava a população cachoeirense.
E quanto ao vereador bolsonarista Juninho? Vai ter que inventar um discurso melhor porque, caso contrário, a obra mostrada por Lorena vai dissolver suas palavras. Claro que Wagner não foi tão incisivo, mas não é preciso. Os fatos mostram muito mais que mil palavras.
Longe do calor de refrega se enxerga muito mais. Bruno pretende sacar o prestígio de pertencer à base de aliado do governador Casagrande. Conseguiria talvez uma demonstração, para a plateia que é amigo do governador, mas tem que carregar no bolso uma obra para mostrar que é sua. Quem sabe a Casa do Câncer.... Mas vai reunir muitos donos da obra. Não é sua.
De longe, também, assisti à visita de Juninho e seu pai a Norma e Ferraço, em sua casa de Itapemirim. O entusiasmo maior era de Norma. Ferraço mais contido. Claro que tudo faz parte da campanha. Lógico que Ferraço tem muito prestígio em Cachoeiro, mas conseguirá transferir para Juninho? Indagação que se impõe.
As pesquisas, agora, estão furadas, como diz Wagner. Estão mesmo. O processo avança. Tudo pode acontecer? Mas Lorena sai na frente. Mas, a rigor, o jogo eleitoral vai depender do talento de cada um, embora as armas sejam diferentes.