Notícias
Justiça Eleitoral impecável
2020-11-10 00:00:00

O Poder Judiciário, pelo menos no campo eleitoral, tem o direito incontestável de refletir acerca de sua própria natureza e dos resultados que tem oferecido à sociedade. Aliás, como pretende o Ministro Luís Roberto Barroso. Não ouvi ou registrei sequer uma reclamação substanciosa contra a atuação da Justiça Eleitoral no Brasil. Posso reafirmar, com provas inequívocas, a atuação aqui em nossa Comarca. Atuação exemplar de nossos magistrados. E também do Ministério Público. A isenção é tamanha que permitiu ministro Barroso, sem qualquer contestação, se manifestar sobre a eleição de Biden, nos EUA. A Justiça varreu o obscurantismo que vinha de fora e se impôs democraticamente.

Mudo. A poucos dias das eleições, pergunta-se se a vitória de Biden, nos EUA, terá reflexos na eleições municipais aqui no Brasil. Pessoalmente, sem qualquer arrogância, sempre acreditei que sim. Aliás, cheguei a dizer que se nota, claramente, um aparente refluxo da onda bolsonarista. E não adianta argumentar de que estas são outras eleições e que pleitos municipais tratam de questões paroquiais e não refletem a grande política nacional. Uma das mudanças, sem dúvida, é que a derrota da divindade de Jair Bolsonaro mostra que o populismo de direita não é imbatível.
O discurso do ódio atrai votos, mas não resolve problemas concretos dos eleitores. Com o tempo, a realidade se impõe ao obscurantismo. Quem insistiu em negar a ciência, como Trump, foi atropelado pela pandemia. O mundo sempre mostrou que quem cuidou bem dos efeitos da pandemia foi reconhecido pela população. Em resposta a alguns comerciantes que entraram em desespero com as medidas de segurança contra a pandemia, aliás, como razão, o equilíbrio foi reposto. Um candidato a prefeito, correndo riscos de perder votos, disse tudo: "Votos que perco não justificam a morte de um irmão de Covid". E isso se contrapunha com o discurso da "gripezinha".
A falação negacionista do capitão contra as vacinas, que atingiu parte da população, até mesmo em relação à vacina contra poliomielite, é uma insanidade que, com um pouco mais de tempo, será repugnada. Exatamente porque é uma farsa eleitoral. Induvidosamente é brutal o efeito transversal da revelação do jornalista Bob Woodward de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já sabia da gravidade da Covid-19 e dos riscos à população no início de fevereiro, quando ainda havia poucos casos da doença no país, e resolveu minimizá-los para "não causar pânico". Assim também o fez Bolsonaro.
Aliás, quem usou a imagem do presidente nas eleições municipais, por oportunismo, quebrou a cara. Até mesmo em Cachoeiro, por oportunismo, foram expostas as figuras do presidente Bolsonaro e do Ministro Onyx Lorezoni, este apontando como ideal o candidato Diego Libardi (DEM) apoiado pelo deputado Ferraço (DEM). O mesmo vem acontecendo com o vice-prefeito Jonas Nogueira (PL), seu líder messiânico. Resultado: o prefeito Victor Coelho (PSB) é favorito indiscutível, segundo pesquisa IBOPE, e pode comemorar a vitória de Biden com o governador Renato Casagrande, sem sair do pleito com ranço de um eventual esquerdismo fanático repelido pela população. A chave de tudo: não perdeu tempo em discussões estéreis. Disse o que vai fazer se vencer a eleição. E também o que não vai realizar.
Tonou-se clássica a frase do personagem Eli Gold "em campanha eleitoral não importa apenas o que você apoia, mas também o que você é contra". Por isso, penso eu, o atual prefeito Victor Coelho pontuou como favorito indiscutível, segundo o IBOPE, nas eleições do próximo domingo. Não se deixou envolver com o resultado. Andou pra frente.

Link do Site abaixo: 
https://www.jornalfato.com.br/wilson-depes/artigos/justica-eleitoral-impecavel,379181.jhtml

Link da Matéria:
https://www.jornalfato.com.br/wilson-depes/artigos/justica-eleitoral-impecavel,379181.jhtml
Leia mais Crônicas
Precisa de ajuda? Entre em contato com nossa equipe de advogados
V1.0 - 0730 - © WILSON MÁRCIO DEPES ADV. - Agência PenseDMA 2022. Todos os direitos reservados.