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Os perigos da eleição
2022-09-23 17:18:10

Os cachoeirenses amanheceram ontem com a notícia de que um orgulho de nossa cidade foi à falência: a Viação Itapemirim, do empresário Camilo Cola.  Cercada das mais profundas controvérsias, no campo jurídico e econômico, os credores avidamente passam agora a correr atrás de seus direitos. Que não são poucos.  Vida que segue.  Mudando de conversa.   O presidente Bolsonaro, em sua campanha à reeleição, já usou praticamente todos os trunfos cabíveis e não cabíveis para reverter um quadro de derrota apontado pelas pesquisas eleitorais. Três tacadas das quais esperava retorno arrasador: 7 de setembro, sepultamento da Rainha e o pronunciamento na ONU.  Os resultados ainda não apareceram. Sobrou uma espécie de depressão e desassossego. Pior.  Agora, o ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu, em decisão liminar, de usar imagens do discurso feito em Londres e também na ONU.

A lei eleitoral é clara: a captura de imagens de bens públicos para uso na propaganda eleitoral deve se ater aos espaços acessíveis a todas as pessoas. Os agentes públicos não podem se beneficiar de sua prerrogativa de adentrar outros locais em razão do cargo para promover gravações voltadas à campanha. O desespero começa a bater na porta de sua assessoria de campanha. Ora, ao lado de seu guru Silas Malafaia, o capitão soltou o verbo em seu linguajar tosco e grotesco. Reafirmou que é "imbrochavel", enquanto o pastor, questionado por jornalistas, disse que "acredita" ter sido convidado por Bolsonaro porque "a morte é uma questão espiritual. Na morte de um cristão, tem a religiosidade".

O cercado bolsonarista mostra um certo desalento. Os eleitores de Lula descortinam a possibilidade de vencer as eleições no primeiro turno.  Para tanto utilizam e repetem a campanha do voto útil.  A campanha do voto útil, que se espraia até mesmo em busca do leitor indeciso, que acaba votando em quem tem chance de vencer o pleito. A mobilização de artistas, de líderes representativos atentos às ameaças à democracia, começa a tomar um ar de plebiscito bem semelhante ao que aconteceu na luta contra ditadura militar. Não creio que se conseguirá a renúncia de Ciro Gomes e Simone Tebet.   A violência reinante no país, estimulada pelo bolsonarismo, é um dado relevante para o eleitor e candidato. Não se esquecendo das promessas de "golpe" estimuladas. A abstenção, por esse motivo, é temida pelos seguidores de Lula. A violência é real, não uma imaginação. E pipoca por todo o país.

Os dias passam rapidamente. No ar uma sensação de desconforto, segundo a história, mais que viver, mais que navegar, resistir é preciso. Tudo em nome da democracia. A civilização é a grande e fascinante história da libertação do homem.


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