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Guerra santa
2022-10-14 17:37:08

Se você escrever uma matéria agora, daqui a 10 minutos ela estará defasada, fatalmente. Tenho para mim - e disse aqui, na coluna anterior (06/10), que Lula deixou de ganhar a eleição por soberba. Mas as coisas passam muito rápido e o panorama muda a cada minuto. Hoje, temos uma eleição de ringue. As propostas, onde estão? Realmente os últimos dias foram um choque de imundície generalizada. Vale à pena responder à fake news de Bolsonaro? Existe, eu me pergunto, mentira do bem ou mal? A ética se perdeu processo civilizatório?  Bolsonaro, com seu espírito ditador, espraia sua "cultura" para todos os cantos, não vê o candidato a governador, Carlos Manato? Chegou ao ponto de um eleitor dizer: "Casagrande é um bundão!!!"

Colocando em risco, mais uma vez, a democracia, Bolsonaro (PL), como um ditador, ameaça que, vencendo a eleição, vai "enquadrar" o Supremo Tribunal Federal. Aumentará o número de vagas de ministros até que possa comandá-los por controle remoto. Aliás, como é de sua formação. Esquece que quem detém o múnus de qualquer das atividades soberanas do Estado, encontra-se compelido a defender o regime democrático, o Estado de direito, combatendo abuso de poder, o arbítrio, a ditadura, a desequiparações odiosas e ilícitas.  Bolsonaro sinaliza com o velho jargão "eu prendo e arrebento".A CNBB foi obrigada a ratificar terça-feira última que "condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral". É bom dizer que a primeira pesquisa divulgada pós-primeiro turno, registra uma vantagem, em favor de Lula (PT), de, em números redondos, de 13 milhões de votos. E Bolsonaro, além de acossar o STF, acena com a possibilidade de conduzir a senadora Tereza Cristina (PP) como presidenta do Senado, no lugar do atual, Rodrigo Pacheco (PSD), que, por acaso, não faz tudo que ele quer. Quer os poderes nas suas mãos.

Vou tentar resumir: os apoios que Lula vem recebendo dos ex-ministros Pedro Malan e Henrique Meirelles, os ex-presidentes do BC Arminio Fraga e Persio Arida e os ex-presidentes do BNDES Edmar Bacha e André Lara Resende, dentre outros, traz grande alívio ao mercado, sobretudo em torno da democracia e uma política econômica que não amedronta o empresariado.

Por isso, ao que me parece, o candidato do PT conseguiu formar, o que era necessário, uma Frente Ampla neste segundo turno, sem falar em FHC, Simone Tebet, Ciro Gomes. Enquanto isso, o presidente, em contrapartida, aposta na "guerra santa" contra o PT neste segundo turno. Outra estratégia é buscar o apoio de políticos de diferentes partidos para enfraquecer o discurso de que ele está avulso diante de uma frente ampla em favor do Lula. A receita da candidatura de Lula-Alkmin é boa para o governador Casagrande sedar, tamanha a voracidade do candidato Manato (PL), que utiliza as mesmas táticas afrontosas do presidente Bolsonaro.

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